“Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus” (Mt 4:17). Exatamente como João, Jesus começou Seu ministério com um chamado ao arrependimento.

Ele conhecia, como João, a condição caída da humanidade e a necessidade de que todas as pessoas se arrependessem e chegassem ao conhecimento de Deus. Assim, não é de surpreender que Sua primeira proclamação pública, pelo menos conforme o registro de Mateus, tenha sido um chamado ao arrependimento.

No esquecido território da Galileia havia um pequeno empreendimento pesqueiro administrado por quatro jovens: duas duplas de irmãos. Aparentemente, esses homens tinham o coração voltado para Deus porque, durante certo tempo, alguns deles seguiram João Batista. Mas, para surpresa deles, João Batista apontou para outro jovem daquela mesma região.

Esses homens se aproximaram de Jesus de Nazaré e pediram permissão para passar algum tempo com Ele (ver Jo 1). Era assim que aquela cultura funcionava: os homens se aproximavam de um rabi e pediam para segui-lo. Mas era o rabi que tomava a decisão final sobre quais seriam seus discípulos. E quando o rabi pedia que alguém fosse seu discípulo, esse era um momento muito emocionante.

Muitas pessoas cresceram com a ideia de que quando Jesus chamou os discípulos junto ao mar, aquela foi a primeira vez que eles O encontraram. Mas sabemos, pelos capítulos 1 a 5 de João, que esses homens já haviam passado um ano com Jesus, aparentemente em regime de tempo parcial.

“Jesus escolheu homens iletrados porque não haviam sido instruídos nas tradições e errôneos costumes de seu tempo. Eram dotados de natural capacidade, humildes e dóceis, homens a quem podia educar para Sua obra. Há, nas ocupações comuns da vida, muitos homens que seguem a rotina dos labores diários, inconscientes de possuírem faculdades que, exercitadas, os ergueriam à altura dos mais honrados homens do mundo. É necessário o toque de uma hábil mão para despertar essas faculdades adormecidas. Foram esses homens que Jesus chamou para serem Seus colaboradores, e deu-lhes a vantagem da convivência com Ele” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 250).

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