Embora a salvação sempre tenha sido pela fé, e ainda que o judaísmo, como devia ter sido praticado, sempre tenha sido um sistema fundamentado na graça, o legalismo se infiltrou, como pode se infiltrar em qualquer religião que leve a obediência a sério, como o adventismo do sétimo dia. No tempo de Cristo, muitos dos líderes religiosos (mas não todos) haviam caído num tipo de “ortodoxia rígida […], destituída de contrição, ternura ou amor”, que os deixou sem “poder algum para preservar o mundo da corrupção” (Ellen G. White, O Maior Discurso de Cristo, p. 53).

Meras formas exteriores, especialmente as que são criadas pelo homem, não têm poder para mudar a vida nem transformar o caráter. A única fé verdadeira é aquela que atua pelo amor (Gl 5:6); somente ela torna os atos exteriores aceitáveis aos olhos de Deus.

Mesmo nos tempos do Antigo Testamento, os sacrifícios não eram um fim em si mesmos, mas um meio para se chegar a um fim, isto é, uma vida na qual os seguidores de Deus refletissem o amor e o caráter dEle, algo que só podia ser feito por meio de entrega total a Deus e do reconhecimento de nossa completa dependência de Sua graça salvadora. Apesar de toda a sua aparência exterior de piedade e fé, muitos dos escribas e fariseus definitivamente não eram um modelo de como o seguidor de Deus deve viver.

Mesmo que você creia firmemente na salvação somente pela fé e por meio da justiça de Jesus, como evitar que alguma forma de legalismo, mesmo que sutil, se infiltre em sua experiência?

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