4. Leia Colossenses 3:12, 1 Pedro 3:8 e 1 João 3:17. Como podemos revelar compaixão em nossa vida?

Compaixão vem da palavra latina compati, que significa “sofrer com”. Visto que já sofremos, podemos também entender o sofrimento dos outros; e, sem dúvida, assim como muitas vezes almejamos compaixão e compreensão em nosso sofrimento, devemos também estar dispostos a fazer o mesmo por outros em seus momentos de dificuldade. Vimos numa lição anterior a história do bom samaritano. Quando destacou seu exemplo, Jesus disse: “Mas um samaritano, estando de viagem, chegou onde se encontrava o homem e, quando o viu, teve piedade dele” (Lc 10:33, NVI). Essa piedade ou compaixão levou o viajante samaritano a agir em favor da vítima ferida.
O sacerdote e o levita provavelmente tivessem pensado: “Se eu ajudar esse homem, o que vai acontecer comigo?” O samaritano talvez tenha pensado: “Se eu não ajudar este homem, o que vai acontecer com ele?”
Nessa história o samaritano, generosamente, viu as coisas sob a perspectiva da vítima, e agiu. Ele arriscou sua segurança e sua riqueza por um estranho. Em outras palavras, às vezes ser cristão envolve riscos e pode ter um custo elevado.

Olhe para a história do filho pródigo sob essa perspectiva também (Lc 15:20-32). O que o pai do pródigo fez que o tornou vulnerável à crítica e ao conflito com outros membros da família? O abraço compassivo, a roupa que indicava que o rapaz pertencia à família, o anel da confiança, as sandálias da liberdade e o chamado à comemoração refletem a alegria altruísta de um pai que estava disposto a sacrificar tudo por amor à restauração do filho. Pródigo significa desperdiçador, irresponsável, extravagante e descontrolado. Esse tipo de comportamento certamente descreve a trajetória do filho nessa história. Mas pare por um momento e considere que, em resposta à volta do pródigo, alguém poderia afirmar, com justiça, que o pai pôs de lado toda a sua dignidade e, de modo irresponsável, concedeu tudo o que tinha ao filho maltrapilho. Aos olhos do irmão mais velho, o pai foi desperdiçador, extravagante e descontrolado. O pai se tornou pródigo ao avistar o filho arrependido, e seu coração compassivo o levou a oferecer todos os recursos necessários para restaurá-lo. Esse nível de empatia e compaixão envolve deixar de lado o egoísmo, e pode nos tornar vulneráveis a tudo o que acontecer, quando sofremos com alguém e nos esforçamos para levar essa pessoa à restauração. Em resumo, a verdadeira compaixão e empatia pode ter um preço.

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