“O escritor e apologista cristão C. S. Lewis escreveu um livro que fala sobre a morte de sua esposa e a luta que ele teve para aceitar e superar essa perda. Lewis escreveu: “Não que eu esteja (penso eu) correndo o perigo de deixar de crer em Deus. O verdadeiro perigo é eu acreditar em coisas tão terríveis sobre Ele. A conclusão que temo não é: ‘Então realmente não existe Deus’, mas: ‘Então é assim que Deus realmente é? Não se engane mais’” (A Anatomia de uma Dor, p. 6, 7). Jó também lutou com essas perguntas. Como vimos anteriormente, ele nunca duvidou da existência de Deus. O motivo de sua luta era a questão do caráter divino. Jó serviu ao Senhor fielmente; ele foi um homem “bom”. Portanto, ele sabia que não merecia as coisas pelas quais estava passando. Dessa forma, ele fez a pergunta que muitos crentes fazem em meio às tragédias: Como Deus realmente é? E não é essa a pergunta fundamental do grande conflito? A questão em jogo não é a existência de Deus, mas Seu caráter. E embora haja muitas coisas envolvidas na resolução do grande conflito, não há dúvida de que a morte de Jesus na cruz, onde o Filho de Deus “Se entregou a Si mesmo por nós, como oferta e sacrifício a Deus, em aroma suave” (Ef 5:2), mais do que qualquer outra coisa revelou ao Universo o verdadeiro caráter do nosso Criador. A cruz nos mostrou que podemos confiar em Deus.

Perguntas para reflexão

1. Os que não creem em Deus não precisam lutar com as mesmas perguntas que os crentes lutam ao enfrentar tragédias. Por outro lado, que esperança eles têm de um dia obter respostas? Imagine acreditar que a sepultura seja o fim de todas as coisas. Muitos incrédulos se desesperam com a vida ou com a ausência de significado para a existência. A literatura secular está repleta de exclamações e protestos a respeito da falta de sentido da vida. Em meio às tristezas, como podemos obter esperança por meio da fé, apesar das perguntas difíceis que permanecem?

2. Por que é tão importante sempre pensarmos na cruz, a revelação mais poderosa do amor de Deus e de Seu caráter? Quando somos engolidos pela tristeza, tragédia e pelo mal inexplicável, o que a cruz nos diz sobre o caráter de Deus? Quando mantemos a realidade da cruz sempre diante de nós, que esperança temos sobre o resultado final de tudo o que enfrentamos hoje?”

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