Algumas pessoas têm defendido a “lei natural”. Expressa de várias formas, ela sugere que podemos derivar do mundo natural princípios morais que podem ajudar a orientar nossos atos. Em certo sentido, como cristãos que creem que a natureza é o “segundo livro” de Deus, poderíamos aceitar que há alguma verdade nisso. Por exemplo, vemos, no discurso de Paulo em Romanos 1:18-32, o que as pessoas deveriam ter aprendido sobre Deus por meio do mundo natural. Ao mesmo tempo, também, não podemos nos esquecer de que este é um mundo caído, e de que nós o interpretamos com nossa mente caída e corrompida. Portanto, poderíamos acabar tirando lições equivocadas da natureza. Um dos maiores sábios da Antiguidade, o filósofo grego Aristóteles, argumentou em favor da escravidão com base em sua compreensão da natureza. Para ele, a natureza revelava duas classes de pessoas, sendo que algumas eram tão “inferiores às outras […] como […] um animal ao homem”. Portanto, para essas pessoas, uma “vida de sujeição escravizadora seria vantajosa”. Esse é apenas um dos muitos exemplos que poderíamos achar de como os princípios, os valores e as ideias do mundo estão em conflito com as do reino de Deus, razão pela qual, a despeito de onde tenhamos nascido e crescido, precisamos estudar a Palavra de Deus, para dela extrairmos a moral, os valores e os princípios que devem governar nossa vida. Nada mais, em si mesmo, é confiável.

Perguntas para reflexão

1. Jesus nos chama a perdoar aqueles que nos magoam. Isso inclui nossos familiares. Pense em alguém que o magoou. Embora as cicatrizes talvez permaneçam, como você consegue perdoar?

2. O que a história do jovem rico nos transmite sobre a razão pela qual, por mais importante que seja a obediência externa à lei de Deus, ela não é suficiente, e sobre o motivo pelo qual o verdadeiro cristianismo, embora inclua a obediência à lei de Deus, abrange mais coisas?

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