Ao longo de toda a História, os seres humanos têm se envolvido em guerras. Algo na natureza humana faz com que um grupo deseje saquear, pilhar e matar outro grupo. Katherine Tait mencionou em um livro que seu pai, o filósofo britânico Bertrand Russell, estava preocupado, após a deflagração da Primeira Guerra Mundial, a respeito da alegria nas ruas da Inglaterra pela possibilidade de guerra com a Alemanha. “Ele havia crescido com uma crença vitoriana otimista de progresso automático, com a confiança de que o mundo todo, em seu próprio tempo, seguiria o sábio curso dos ingleses, saindo da antiga brutalidade para o autogoverno civilizado. Então, de repente, ele encontrou seus amados compatriotas dançando nas ruas ante a perspectiva de matar grande número de seres humanos que, por acidente, falavam alemão” (My Father Bertrand Russell [Meu pai, Bertrand Russel].
Inglaterra: Thoemmes Press, 1997; p. 45). Multiplique-se essa mesma ideia ao longo da História, entre quase todos os povos, e veremos a realidade da natureza humana caída em uma de suas formas mais trágicas e com suas maiores consequências. Ora, na maioria dessas guerras, ninguém conhecia de antemão quais seriam os resultados. As pessoas iam para a batalha sem saber se estariam do lado vencedor ou do lado perdedor.
Na “cosmovisão do conflito” temos uma grande vantagem: sabemos qual lado já venceu. Cristo conquistou a vitória decisiva em nosso favor. Após a cruz, não restou nenhuma dúvida sobre quem é o vencedor e sobre quem pode participar dos frutos dessa vitória. A causa de Satanás é, de fato, uma causa perdida. 5. O que as seguintes passagens dizem sobre o resultado do grande conflito? Hb 2:14; 1Co 15:20-27; Ap 12:12; 20:10
Assim como Satanás perdeu a guerra no Céu, perdeu também a batalha na Terra. Mas, com ódio e vingança, ele ainda está procurando quem possa devorar (ver 1Pe 5:8). Embora a vitória de Cristo tenha sido completa, a batalha ainda continua, e nossa única proteção está em nos colocarmos, de corpo e mente, do lado vencedor. Realizamos isso pelas escolhas que fazemos cada dia. Estamos fazendo escolhas que nos colocam do lado vencedor, onde a vitória é assegurada, ou do lado perdedor, onde a derrota é certa? Da resposta a essa pergunta depende nosso destino eterno.