3. Leia Gênesis 3:14, 15. O que Deus quis dizer quando declarou a Satanás: “Porei inimizade entre você e a mulher, entre a sua descendência e o descendente dela” (Gn 3:15, NVI)? Que esperança podemos encontrar nessa passagem?

Em hebraico, a palavra “inimizade” tem a mesma raiz das palavras ódio e inimigo. Ao comer da árvore do conhecimento do bem e do mal, o casal se colocou em inimizade para com Deus e, em consequência, toda a humanidade também (ver Rm 5:10; Cl 1:21; Tg 4:4). A promessa divina implica que Deus colocaria em ação Seu plano para atrair os seres humanos de volta a Ele, transferindo assim a inimizade deles para Satanás. Dessa forma, ao promover inimizade contra Satanás no coração das pessoas, Deus estabeleceria um meio pelo qual poderia salvar a humanidade sem violar os princípios de Seu governo. Isso é conhecido, no sentido original, como “expiação”, ou seja, aquilo que Deus fez e está fazendo para finalmente restaurar o que foi perdido na queda.

4. O que os textos seguintes revelam sobre a expiação? Lv 1:3, 4; 1Co 5:7; 1Jo 1:9

Às vezes, os teólogos usam a palavra “expiação” para se referirem ao modo pelo qual essa expiação funciona. A raiz latina expiare significa “redimir”, e a ideia envolve reparação de um ato errado. Alguém fez algo errado, transgrediu a lei, e a justiça exige uma penalidade a ser paga pelo erro. Em português, às vezes se diz que uma pessoa tem “uma dívida para com a sociedade” pelo que ela fez.

Apesar dos nossos pecados, no plano da salvação, a expiação, ou seja, a morte sacrifical de Cristo, nos liberta das consequências legais desse erro. O próprio Cristo pagou a penalidade por nós. A punição legal devia ter sido aplicada a nós, pois o governo de Deus tem leis. No entanto, ela foi aplicada a Jesus. Dessa forma, as exigências da justiça foram satisfeitas, mas na pessoa de Jesus, não em nós.

Embora sejamos pecadores, embora tenhamos errado, somos perdoados e justificados aos Seus olhos. Esse é o passo decisivo e fundamental na “restauração de todas as coisas” (At 3:21).

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