A questão com a qual Paulo estava lidando era muito mais do que apenas teologia. Ela vai à essência da salvação e do nosso relacionamento com Deus.
Se alguém acredita que deve merecer aceitação, que deve chegar a um certo padrão de santidade antes de ser justificado e perdoado, então é muito natural olhar para si mesmo e para as próprias obras. A religião pode se tornar excessivamente egocêntrica, a última coisa de que alguém precisa.

Em contrapartida, se alguém compreende a grande notícia de que a justificação é um dom de Deus, totalmente imerecido, é muito mais fácil e natural que essa pessoa dirija seu foco para o amor e a misericórdia de Deus, não para si mesmo.

Afinal, quem refletirá mais o amor e o caráter de Deus: o egocêntrico ou aquele que está centrado em Deus?

3. Leia Romanos 4:6-8. Como Paulo expandiu o tema da justificação pela fé?

“O pecador tem que ir a Cristo, com fé, apropriar-se de Seus méritos, depor seus pecados sobre o Portador dos pecados e receber Seu perdão. Foi por causa disso que Cristo veio ao mundo. Assim é imputada a justiça de Cristo ao pecador arrependido e crente. Torna-se então membro da família real” (Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 215).

Paulo continuou explicando que a salvação pela fé não era apenas para os judeus, mas também para os gentios (Rm 4:9-12). Na verdade, tecnicamente, Abraão não era judeu; ele veio de uma linhagem pagã (Js 24:2). A distinção entre gentios e judeus não existia em seu tempo. Quando Abraão foi justificado (Gn 15:6), ele nem mesmo foi circuncidado. Assim, Abraão se tornou pai de ambos, circuncisos e incircuncisos, bem como um grande exemplo que Paulo pôde usar para apresentar seu argumento sobre a universalidade da salvação. A morte de Cristo foi em favor de todos, independentemente da origem ou nacionalidade (Hb 2:9).

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